Este artigo foi coescrito por Jason Polk, LCSW, LAC. Jason Polk é Terapeuta de Relacionamentos e Proprietário da Colorado Relationship Recovery. Com mais de 12 anos de experiência como terapeuta, é especialista em ajudar casais a construírem relacionamentos saudáveis e duradouros através da terapia. Jason é formado pela Newman University de Colorado Springs. Também é terapeuta de Abordagem Psicobiológica Nível II à Terapia de Casais, terapeuta certificado pela Healing Our Core Issues (HOCII) e possui especialização em Terapia de Vida Relacional.
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Pessoas que traem geralmente alegam que amavam — e muitas vezes que ainda amam — quem foi enganado. Mas será que são declarações verdadeiras? Para começar, o amor é muito complexo e a infidelidade não significa que será mais fácil definir se há ou não paixão; consequentemente, muito vai se resumir àquilo que você acredita ser o certo. Se estiver tentando explorar o vínculo entre amor e infidelidade, este artigo lhe ajudará bastante. No entanto, lembre-se de que seus sentimentos são válidos, você merece amor e pode se recuperar, seja qual for a situação difícil que estiver enfrentando no momento.
Passos
Por que as pessoas traem?
- Alguns praticam a infidelidade por se sentirem esquecidos ou negligenciados. Um indivíduo que considera que o parceiro não se importa com ele no relacionamento pode acabar procurando essa satisfação emocional com outro. Mesmo que tenha a percepção distorcida, eles irão até onde precisarem para que se sintam amados, cuidados e apreciados.[2]
- Isso não significa que quem sofreu a traição a merece. Mesmo que uma parte negligencie o companheiro, este último sempre poderá encontrar formas muito melhores para tratar o problema. Ninguém merece esse tipo de deslealdade.
- Pode existir um problema psicológico ou emocional que dificulta a estabilidade. Pessoas que sofrem com vícios, seja com sexo, amor ou qualquer outra coisa, podem “pular a cerca” porque é uma atitude que os satisfaz.[3] Quem possui certos distúrbios emocionais ou mentais pode estar mais suscetível à infidelidade. Por exemplo, alguém com transtornos bipolares apresenta maior chance de reagir com um comportamento sexual inadequado durante fases maníacas.[4]
- A “ansiedade do apego” se refere a quem tem muito medo à medida que conhece melhor uma pessoa; geralmente, é resultado de uma infância traumática. Aqueles que sofrem muito com esse distúrbio podem ter maior suscetibilidade em trair.[5]
- Uma parcela de pessoas é infiel devido ao estresse ou à baixa autoestima. Há casos em que tal comportamento sequer tem relação com o cônjuge, e sim com a percepção de não merecerem um relacionamento saudável ou amoroso. Outros traem porque se sentem mal em relação a si próprios, e ainda existem aqueles que gostam da sensação boa que a infidelidade traz, sem ter uma forma mais produtiva de se livrar dessa “dor”.[6]
- Essa não é, em hipótese alguma, uma maneira sadia de lidar com tal aflição. Sentir-se mal em relação a si mesmo, ser muito estressado ou assustado não são motivos válidos para trair alguém.
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Ainda é possível amar alguém após trair?
- Sim, nada acaba até que você queira que termine. Reconstruir um relacionamento após um caso pode ser complicado, mas a chance existe. De início, não tome nenhuma decisão precipitada; pense no que você deseja e abra espaço para que vocês possam processar os próprios sentimentos.[10] Se vocês quiserem consertar o relacionamento, procurem um bom terapeuta de casais; a chance de “cicatrizarem” as feridas vai aumentar bastante.[11]
- Esse processo funciona diferente para cada casal. Alguns conseguem chegar a um entendimento sem grandes dificuldades, assumir a responsabilidade pelos erros cometidos e recomeçarem mais forte do que nunca. Outros precisam de anos para que consigam se recuperar do baque da deslealdade do parceiro.
- Existem pessoas que não conseguem voltar a amar depois de serem traídas. Não há nada de errado se você sofreu com uma infidelidade e sentiu que o amor se esvaiu de seu coração. É uma reação totalmente normal e compreensível, que muitos nessa situação enfrentam. Caso já tenha sido traído e não consegue encontrar uma maneira (ou a vontade) de prosseguir com a relação, deixe-a e toque sua vida em frente.[12]
- O indivíduo que traiu também pode experimentar o mesmo. Alguns descontam a raiva no parceiro e tomam a decisão de enganá-los para “dar o troco”, já que se sentem irritados e têm a sensação de que foram levados ao limite dentro do relacionamento. É muito difícil que alguém assim consiga se livrar de tal ressentimento e raiva.[13]
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Quem trai se sente culpado?
- É comum que o infiel se sinta muito culpado pelo comportamento inadequado. A traição é uma violação profunda da confiança de alguém, e cruzar esse tipo de limite traz todos os sentimentos de culpa, vergonha, desgosto e desespero à tona. A grande maioria das pessoas se arrepende profundamente da traição, o que pode levar ao surgimento de remorso se nunca assumirem a responsabilidade pelas suas ações.[17]
- Uma porcentagem pequena de quem trai não sente culpa. Há indivíduos que traem porque são “viciados em adrenalina”, ou seja, adoram a sensação de enganar alguém e se safar. É uma parcela bem reduzida entre quem já traiu o companheiro, mas eles existem e podem, se flagrados, até agirem como se estivessem se sentindo culpados ou arrependidos.[18]
- Se a infidelidade aconteceu em seu relacionamento, não suponha que o parceiro não está com remorso. É impossível saber o que passa pela cabeça (e coração) dele, mesmo que a pessoa diga que não se sente culpada, afinal, é provável que ela esteja apenas tentando dar uma desculpa pelo próprio comportamento.
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Referências
- ↑ https://greatergood.berkeley.edu/article/item/surviving_betrayal
- ↑ https://www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/adult-health/in-depth/infidelity/art-20048424?pg=2
- ↑ https://www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/adult-health/in-depth/infidelity/art-20048424?pg=2
- ↑ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4852112/
- ↑ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6439209/
- ↑ https://www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/adult-health/in-depth/infidelity/art-20048424?pg=2
- ↑ https://www.theatlantic.com/magazine/archive/2017/10/why-happy-people-cheat/537882/
- ↑ https://evolution.binghamton.edu/evos/wp-content/uploads/2009/08/Can-You-Love-More-Than-One-Person-At-The-Same-Time.pdf
- ↑ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5436896/
- ↑ https://www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/adult-health/in-depth/infidelity/art-20048424?pg=2
- ↑ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3648986/
- ↑ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6439209/
- ↑ https://umdrightnow.umd.edu/why-do-people-cheat-umd-research-identifies-8-motivating-factors
- ↑ https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21667234/
- ↑ https://www.fatherly.com/health-science/why-happily-married-men-cheat-wives/
- ↑ https://www.bbc.com/news/magazine-18233843
- ↑ https://www.providencejournal.com/story/lifestyle/advice/2021/08/16/ask-amy-couple-cant-cope-feelings-guilt-infidelity/5509611001/
- ↑ https://news.harvard.edu/gazette/story/2013/10/dirty-deeds-deconstructed/
- ↑ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5709195/
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