Eleições estaduais no Rio de Janeiro em 1962
As eleições estaduais no Rio de Janeiro em 1962 ocorreram em 7 de outubro como parte das eleições gerais em 22 estados e nos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima. Foram eleitos o governador Badger da Silveira, o vice-governador João Batista da Costa, os senadores Aarão Steinbruch e Vasconcelos Torres, além de 21 deputados federais e 62 estaduais na última eleição direta realizada antes do Regime Militar de 1964, com a ressalva que onze estados elegeriam seus governadores em 1965.[1][nota 2][nota 3]
← 1958 ![]() | ||||
Eleições estaduais no Rio de Janeiro em 1962 | ||||
---|---|---|---|---|
7 de outubro de 1962 (Turno Único) | ||||
![]() | ![]() | |||
Candidato | Badger da Silveira | Tenório Cavalcanti | ||
Partido | PTB | PST | ||
Vice | [nota 1] | [nota 1] | ||
Votos | 260.841 | 224.734 | ||
Porcentagem | 33,50% | 28,87% | ||
![]() | ||||
Candidato mais votado por município (62): Badger da Silveira (31) Tenório Cavalcanti (12) Paulo Fernandes (14) Miguel Couto (5) | ||||
Titular Eleito | ||||
Os acontecimentos anteriores à eleição estadual de 1962 foram marcada por mudanças drásticas no governo fluminense; começou com a morte trágica do governador Roberto Silveira em Petrópolis no dia 28 de fevereiro de 1961, o então vice-governador Celso Peçanha assumir o cargo de governador até o dia 7 de julho de 1962, que este renunciou o cargo para se candidatar para uma vaga do Senado Federal e o governo fluminense foi assumido pelos "governos-tampão" de José de Carvalho Janotti e Luís Miguel Pinaud até a posse do governador eleito.
Resultado da eleição para governador
editarConforme o banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral, foram apurados 778.573 votos nominais.[1]
Candidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
Badger da Silveira PTB | Ver abaixo - | - | PTB, PDC | 260.841 | 33,50% |
Tenório Cavalcanti[nota 4] PST | Ver abaixo - | - | PST, PTN | 224.734 | 28,87% |
Paulo Fernandes PSD | Ver abaixo - | - | PSD, PRT, PRP | 150.041 | 19,27% |
Miguel Couto Filho PSP | Ver abaixo - | - | PSP, UDN, MTR | 108.822 | 13,98% |
Edmundo de Macedo Soares PSB | Ver abaixo - | - | PSB, PL | 34.135 | 4,38% |
Resultado da eleição para vice-governador
editarConforme o banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral foram apurados 596.389 votos nominais.[1][nota 5]
Candidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
Ver acima - | João Batista da Costa[nota 6] PL | - | PSB, PL, PSD, PST, PTN, PRT, PRP | 267.757 | 44,90% |
Ver acima - | Saramago Pinheiro UDN | - | PSP, UDN, MTR | 195.191 | 32,73% |
Ver acima - | Atanagildo Leite Ferraz PDC | - | PDC (sem coligação) | 133.441 | 22,37% |
Resultado da eleição para senador
editarConforme o banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral foram apurados 1.142.516 votos nominais.[1][nota 5][nota 7]
Candidatos a senador da República | Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
Aarão Steinbruch MTR | Olegário Bernardes MTR | - | MTR, UDN, PSP, PR | 313.469 | 27,44% |
Vasconcelos Torres PTB | João Pedro Gouveia Vieira PTB | - | PTB (sem coligação) | 287.372 | 25,15% |
Celso Peçanha PSD | Lício Araújo PSD | - | PSD, PTN | 213.457 | 18,68% |
Saturnino Braga PSP | Antônio Dias Rosa MTR | - | MTR, UDN, PSP | 109.329 | 9,57% |
Mário Guimarães PTB | Jaime Rodrigues Siqueira PTB | - | PTB (sem coligação) | 103.702 | 9,08% |
José Alves PTB | Augusto Pinheiro de Carvalho PTB | - | PTB (sem coligação) | 83.504 | 7,31% |
Jonas Bahiense PST | Adail Tinoco PST | - | PST (sem coligação) | 31.683 | 2,77% |
Deputados federais eleitos
editarSão relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[2][3]
Deputados estaduais eleitos
editarNo Rio de Janeiro foram eleitos 62 deputados estaduais.
Notas
- ↑ a b O número de candidatos a governador não correspondia ao de candidatos a vice-governador e dada a mixórdia relativa às coligações partidárias, foi impossível correlacionar as chapas.
- ↑ Os territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima elegeram apenas um deputado federal cada, não havendo eleições no Distrito Federal e no território federal de Fernando de Noronha.
- ↑ Os estados de Alagoas, Goiás, Guanabara, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina elegeram seus governadores em 3 de outubro de 1965, embora o pleito alagoano não tenha sido validado por questões legais.
- ↑ Durante a Quarta República Brasileira a legislação permitia que um candidato disputasse mais de um cargo numa mesma eleição.
- ↑ a b A legislação da época era de tal forma permissiva quanto às coligações que as mesmas tinham um aspecto de mistifório.
- ↑ Homônimo do pintor brasileiro João Batista da Costa.
- ↑ Graças a uma alteração legislativa a eleição para senador e o respectivo suplente ocorreria sob uma mesma chapa a partir de 1962.
- ↑ a b c d e f Teve o mandato cassado via Ato Institucional Número Um e, estando ao lado de outros na mesma situação, permitiu a efetivação, respectivamente, de: Carlos Werneck, José Fontes Torres, José Maria Ribeiro, Glênio Martins, Bernardo Bello e Alair Ferreira.
Referências
- ↑ a b c d e f g BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais – 1962». Consultado em 16 de maio de 2018
- ↑ «Página oficial da Câmara dos Deputados». Consultado em 19 de abril de 2018. Arquivado do original em 2 de outubro de 2013
- ↑ BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 19 de abril de 2018