Língua iatê

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Yathê - Fulni-ô

Yaa:thê

Falado(a) em:Brasil
Região: Águas Belas, Pernambuco, Brasil
Total de falantes:500 falantes ativos e cerca de 7000 passivos (apenas compreendem) (2020)
Família:Americana
 Yathê - Fulni-ô
Códigos de língua
ISO 639-1:--
ISO 639-2:---

A língua Yaa:thê (ou Yathê, ou Iatê, em português moderno) é uma língua indígena falada pelos índios  Fulni-ô, que vivem no município de Águas Belas, no oeste-sudoeste de Pernambuco, a cerca de 300 quilômetros de Recife, a capital do Estado. Segundo os linguistas Palácio[1] e Rodrigues [2], os Fulni-ô são os únicos índios do Nordeste (sem considerar as línguas dos povos do Maranhão) que mantêm intacta a sua língua. A língua Yathê é ainda falada pela maior parte da população Fulni-ô (cerca de 91,5% dos índios são falantes ativos ou passivos da língua original do grupo[3]). O Yathê, devido à tentativa de apagamento identitário pelo processo de colonização e aculturação, enfrentou pelo menos 500 anos de repressão, tendo chegado a ser proibido por décadas. Entretanto, devido às ações para manter a sobrevivência da língua (como o seu ensino incluído na matriz curricular escolar da aldeia Fulni-ô, cantos, o festival sagrado e hermético do Ouricuri, a criação do Coletivo Fulni-ô de Cinema e entre outros), o Yathê permanece como uma das poucas línguas indígenas intactas remanescentes do Nordeste, sendo considerada símbolo de resistência.[4]

Em laranja, a distribuição da língua Yathê à época dos primeiros contatos dos fulni-ô com os não índios.

Etimologia editar

A designação Yathê significa literalmente “nossa fala”, de ya “possessivo, 1ª pessoa do plural” e atʰe, “fala”. O fato de a língua ter, para os índios Fulni-ô, uma função ritual muito importante, faz com que ela seja denominada por eles, também, de Yaathelya yaatʰeʎa, de ya, “marcador de posse”, mais atʰe “fala” e ʎa, marcador de status, significando “de respeito, sagrado”.[3]

Histórico de pesquisa editar

Representante da etnia Fulni-ô falando sobre a cultura do seu povo para alunos de uma escola pública, no Jardim Botânico, em Brasília. A apresentação foi parte das comemorações do Dia do Índio.

Na década de 1960, alguns trabalhos acerca da língua foram produzidos. Um casal de missionários-linguistas norte-americanos, Douglas e Doris Melland, produziram um vocabulário, um esboço da fonologia e um esboço da gramática, além de terem elaborado uma tradução da bíblia. Geraldo Lapenda, professor da UFPE, escreveu uma gramática intitulada “Perfil da língua Iatê”, publicado pela Editora Universitária da Universidade Federal de Pernambuco, em 1968, e reeditado postumamente em 2005. Nos anos 1990, Eurípedes Barbosa, da UnB, sob a orientação do Prof. Aryon Rodrigues, escreveu uma dissertação de mestrado sobre a Fonologia do Yathê, e a pesquisadora Januacele Francisca da Costa começou seus estudos sobre a língua, na UFPE, sob a orientação da Profa. Adair Palácio. Seu primeiro trabalho foi uma dissertação de mestrado, cuja pesquisa objetivou definir a situação sociolinguística da língua Yathê, e os resultados mostraram que a língua era falada pela grande maioria da população e convivia com o português em uma situação de bilinguismo estável. Em seguida, empreendeu, como tese de doutorado, ainda na UFPE e sob a direção da Profa. Adair Palácio, uma descrição da língua, que buscou descrever o sistema fonológico, identificando os sons da língua, depreendendo os fonemas, definindo o padrão silábico e procurando descrever os processos fonológicos. O índio fulni-ô Aluízio Caetano de Sá publicou, recentemente, um dicionário yathê-português.[5]

Fonologia editar

Consoantes editar

A maior parte das consoantes simples do Yathê são produzidas basicamente da mesma forma que suas equivalentes em português e distribuem-se formando sílabas com todas as vogais. Destas consoantes simples, apenas a oclusiva glotal [ʔ] não tem realização em português. Com relação aos sons complexos da língua, pode-se citar os fenômenos da labialização (as labializadas, de modo geral, só ocorrem em posição medial. Nos dados encontrados nas pesquisas realizadas[3] foram encontrados os seguintes casos de labialização: [tʷ], [dʷ], [kʷ], [fʷ], [tʃʷ], [tʃʰʷ], [dʒʷ]) e de palatalização (as palatalizadas dividem-se em dois tipos: nas coronais, que ocorrem em posição tanto inicial quanto medial – [tʲ ] e [dʲ] –, e na dorsal, que só ocorre em posição medial – [kʲ]:

Fonemas Consonantais[3]
LabialAlveolarPalatalVelarGlotal
Plosivapt dkʔ
Nasalmn
Fricativafsʃh
Africadats
Aproximante laterallʎ
Aproximantejɰ

Vogais editar

Atualmente, os sons vocálicos do Yathê não apresentam distinções notáveis em relação à pronúncia dos fones vocálicos do português, exceto pelo fato de que na língua portuguesa não existem vogais longas.

Fonemas Vocálicos[5]
AnteriorCentralPosterior
brevelongabrevelongabrevelonga
Fechadaiu
Semifechadaeo
Semiabertaɛɔ
Abertaa

Escrita editar

Ao longo de sua história, a língua não apresentou uma tradição escrita, sendo apenas utilizada na forma oral. Entretanto, recentemente, Marilena Araújo, responsável, há quase 20 anos, pelo ensino da língua Yathê na Escola Bilíngue Antônio José Moreira, criou o alfabeto Yathê e escreveu uma cartilha para auxiliar as crianças no processo de leitura e escrita da língua.[6]

Gramática editar

Pronome editar

Pronomes Pessoais editar

Todos os pronomes pessoais das três pessoas do singular flexionam-se em gênero, enquanto que os pronomes do plural não possuem marca desta categoria. Na língua Yathê, os pronomes pessoais, com relação à sua função, não podem ocorrer como sujeito ou objeto, já que seu funcionamento é basicamente o dos pronomes enfáticos. Os “verdadeiros” pronomes  pessoais –os pronomes autônomos ou do caso reto– podem co-ocorrer com os átonos quando um sujeito pronominal está sendo enfatizado (como no francês: “Moi, je suis petit”). Os pronomes em Yathê são, nesse sentido, semelhantes aos pronomes enfáticos do francês, como moi, toi, etc.[3]

Pronomes Pessoais
NúmeroMasculinoFeminino
Singularoweo:so
awaa:sa
sasasa
Pluraljoo
woo
tʰoo

owe i sideja-towa (eu sou preguiçoso)

owe-so i sideja-to-so-wa (eu sou preguiçosa)

Substantivo editar

Afixação e Derivação no Nome editar

derivação é predominantemente realizada pela afixação de um elemento a uma “raiz nua” (serve para o processo de derivação na língua, mas não existe separadamente como uma palavra). O elemento que é afixado à raiz, em Yathê, é um sufixo. Os nomes são gerados ao acrescentar-se um sufixo participial a uma raiz[3]:

Significado atribuídoSufixo adicionadoExemplo
nome de agenteraiz+howe > e we-ho

(matar > o matador)

nome de instrumento/lugarraiz+setake, kane > se take kane-se

(roupa, botar > o onde se bota a roupa/mala)

nome de pacienteraiz+dowakafka > e kfafa-dowa

(dormir > o dormido)

nome de profissãoraiz+towatfone> tfone-towa

(caçar > o caçador)

privaçãoraiz+dowadʒa > e dʒa-dowa

(erro > o sem erro/deus) 

semelhançaraiz+tsowatfe > i tfe-tsowa

(pai > como o meu pai/padrasto)

O sufixo [-dowa] de “privação”(subcategorizado para bases nominais) é homófono ao sufixo [-dowa] “particípio adjetival” (subcategorizado para bases verbais).

Flexão de gênero editar

Em Yathê, alguns nomes flexionam-se em gênero[5]. Para isso, há três sufixos: /-ne/, /-sV/ e /-neka/. O sufixo /-ne/ é o mais geral, uma vez que pode ser associado a nomes que se referem tanto a pessoas quanto a animais e coisas.

i' ʃi i' ʃine (irmão/irmã)
wale wa'lene (porco/porca)
i' ka ika' sa (irmão/irmã)
setso setso:kja (índio/índia)

Classes semânticas de posse editar

Os nomes pertencem a três classes, com relação à obrigatoriedade e opção de marcação de posse ou sua ausência. Pode-se classificar, assim, os nomes da línguas em três classes[5]:

  1. Nomes alienáveis nomeiam entidades cuja posse pode ser transferida; esses nomes podem ser ou não marcados para posse[5]:i ma' kʰaj (meu arco), ja ma' kʰaj (nosso arco)
  2. Nomes inalienáveis nomeiam entidades cuja posse é intransferível, como nomes de partes do corpo e termos de parentesco; são obrigatoriamente marcados para posse. Alguns nomes de objetos também podem ser tratados como inalienáveis.[5] São nomes como “casa”, “terra”, alguns animais são considerados inalienavelmente possuídos. As restrições aparentam ser de cunho mais cultural, ou mesmo pragmático, do que semântico-linguístico[3]. Exemplos: ika' sa (minha filha), eka' sa (filha dele/dela), ka' sa (filha).
  3. Uma terceira classe de nomes nunca pode ser marcada para posse, como os nomes de seres da natureza.[5] Exemplos: 'fuli (rio), tʃaj (céu), 'tʃhale (mar).

Relações de Posse editar

No Yathê, existem formas variadas de se estabelecer relação de posse, como por:

Pronomes possessivos e determinantes editar

Os índices possessivos, ou pronomes possessivos, indicam a posse com relação à categoria pessoa; o nome-genitivo é utilizado apenas para não-humanos. A ordem entre o índice de posse e o nome é: índice de posse-nome: i wapɛla (meu livro), tʃʰa kʰawa (a comidinha deles); entre nome-núcleo e nome-genitivo, a ordem é nome-nome-genitivo: thlɛka tdiatsa (árvore do caminho); entre o nome-núcleo e o nome possuído, é nome-nome possuído: ɔtska itʰlo (cachorro do homem), mali e ka (o filho de Maria).

Observações quanto ao genitivo: o genitivo é marcado morfologicamente por um sufixo /-desa/ sobre o segundo termo de uma relação. Ele serve para introduzir o complemento do nome, mas seu emprego é restrito à utilização com não-humanos e não-animados. Além disso, seu uso dá a ideia de localização ou proximidade.[3]

Pronomes Possesivos
NúmeroPessoaPOS./ REF. DEF
Singular1i
2a
3e
Plural1ja
2wa
3

A língua também não possui um verbo “ter” para expressar a noção de posse. Esta relação é expressa de duas formas, basicamente: “processualmente”, como uma situação existencial de circunstância, e “de forma atributiva”, como uma situação relacional de identidade.

Posse Processual editar

No caso de a relação de posse ser expressa como processo, a estrutura é: participante locativo –que pode ter  função  gramatical de sujeito –e um participante objeto, sem função representacional– /sa/. O verbo é pleno, embora genérico, /ne-ka/. O expletivo, sem função representacional, está em distribuição complementar com o objeto expresso nominalmente, pronominalmente ou de outra forma permitida pela língua.[3]

a ke sa ne-ka (ele tem, literalmente: em ele alguma coisa existe)
Posse Atributiva editar

Diferente do português, por exemplo, onde a relação de posse pode ser expressa atributivamente – o livro é dele –, o primeiro termo sendo um tema e o segundo um possuidor, com a relação entre os dois termos estabelecida pelo verbo ser ou equivalente, em Yathê, a construção é também atributiva, mas o segundo termo é um locativo. Em lugar do verbo “ser”, por exemplo, do Português, há o marcador temporal que se integra ao expletivo da língua.

A posse é expressa como atributo, com um participante não-marcado, que em Yathê pode ser sujeito ou objeto. A ordem sujeito-objeto é fixa  nessas orações: na posição sujeito, há um participante marcado como locativo. Esse participante só pode vir antes do verbo, nunca depois.[3]

do:kʲa > ta ke sa-sa-he do:kʲa (panela > a panela é dela)

Verbo editar

De modo geral, no Yathê, o verbo pode apresentar uma série de morfemas, interpretados como sufixos, pois são colocados depois da raiz “nua” do lexema, que exprimem diferentes noções. Esta “raiz nua” só se atualiza como uma das classes de palavras da língua a partir dos morfemas que lhe são juntados – ou da sua ausência.

Tempo editar

Falando especificamente de “tempo absoluto”, sua distinção na língua é feita entre presente, passado e futuro. O presente é não-marcado, expresso  por um morfema zero (que se opõe aos demais morfemas de tempo); o passado e o futuro são marcados por sufixação dos elementos -/se/ e -/he/ ,  respectivamente. Seguem alguns exemplos[3]:

a feja ma tʰa ja etʰle-taka-ka (nossa terra eles querem nos tomar)
adedʷa no-ka-se ʃʰlɛ'ka tuji  (o menino foi para a árvore)
sõ:ma i kfafa-ka-he owe ke (amanhã eu dormirei aqui)

Aspecto editar

As noções de aspecto que são codificadas na morfologia verbal são:

  • imperfectivo, expressa pelo sufixo -/kʰia/: i feetone-ka-kʰia owa feja te (eu trabalhava nesta terra)
  • resultativo, expresso pelo sufixo  -/dowa/, que, além de ser também portador da noção de particípio, é ainda um relativizador. O resultativo pode ser visto como uma espécie de pretérito perfeito: naʃi kfafa-dowa-se owe ke (quem que dormiu aqui?, literalmente: quem o dormiu aqui foi?)
  • não-resultativo expresso pelo sufixo -/ho/. Do mesmo modo que o sufixo -/dowa/, acumula a noção de particípio e entra na formação da oração relativa, combina com ações e atividades: naʃi klekejni:so e we-ho-se (quem é o que matou a onça?, literalmente, quem o matador da onça foi?)
  • habitual, expresso pelo sufixo -/towa/, também uma forma de particípio: naʃi klekejni:so e we-towa (quem é o que mata-sempre a onça?, literalmente: quem é o matador de onça?-por profissão)
  • continuativo, expresso pelo sufixo -/kane/: i fɔene-kane-ka owa fuli ke (eu ainda pesco neste rio)
Modo editar

Na língua Yathê, existem 3 modos verbais:

  • indicativo, expresso pelo sufixo -/ka/: i natsaka te lɛk:ne-kʰia-ka (eu arrancava feijão)
  • subjuntivo, indicado pelo morfema -/seke/: wa se-dode-ka-kea ta ejko-dode-seke-kea (vocês não dançariam se ele não pagasse)
  • imperativo, marcado morfologicamente pelo sufixo -/ʃi/: a e dane-ʃi (bata nele)

Sentença editar

Ordem da Frase e Alinhamento editar

O Yathê é uma língua em que a ordem dos constituintes principais é sujeito-objeto-verbo, possui posposições para marcar casos, o genitivo é colocado antes do nome e o adjetivo, depois. A ordem canônica na oração é SOV. Isso pode ser afirmado desde que permutações dos constituintes principais –sujeito, objeto, verbo – não são permitidas, ou porque dariam lugar a sentenças agramaticais ou porque haveria mudança de sentido. 

Frases Condicionais editar

A oração condicional é assinalada na morfologia do verbo, por meio do modo verbal, que é subjuntivo. Há dois tipos de cláusulas condicionais: o verbo da cláusula condicional fica no modo subjuntivo e não há qualquer marca de tempo na cláusula condicional (relacionando com o processo de formação de condicionais no inglês). Além de, na cláusula resultativa, receber a marca de futuro, que é opcional, já que o futuro pode ser expresso –talvez por analogia com o Português –pelo morfema zero.

i kajane-seke já kfɛlnese fatʱowa te tete-ka-he (se eu ganhar, nós faremos uma festa)

A outra forma é: o verbo da oração condicional fica no modo subjuntivo e recebe uma marca de tempo, do mesmo modo que o verbo da “then-clause”.

i kajane-seke já kfɛlnese fatʱowa te tete-ka-kea (se eu ganhasse nós faríamos uma festa)

Afixação e Derivação no Verbo editar

Um novo verbo pode ser formado a partir de: raiz+ne (sufixo transitivador em raiz nominal): walaka-ne-ka (mangar)

Importante notar que qualquer raiz na língua pode ser verbalizada, ou seja, colocada na classe dos verbos por ser especificada por uma das categorias próprias do verbo, principalmente o modo, já que as formas participiais, os adjetivos tanto simples como derivados, e os nomes podem ser predicados em uma construção que expressa situações relacionais –atribuição, identificação e mudança de estado.

Vocabulário editar

Conto do livro A fala dos Fulni-ô[7] editar

I Holha Khiaka I Txfonte Imtiwa Tole (Eu Andava Caçando Com Meu Amiguinho), Eloi Lúcio Cajueiro de Amorim

Imtiwa khiahe Estenderlau ya tsfonte ya holha khiaka. Ewlisiandowa, wey. Nema ya fekyawa txhaxte hle, fekhiawa yeetixte, tafiawa, thiayalha sato. Nema sotxa ke ya txman:

– Feetonexto! Xoawa setxhi yeekilha khiaka ya txhufnite eyawa ke. May ya vivenelha khiaka neka txtxo. Yake khlatwa sato pulinelha khia. Nema sa txidodwalha khia hle. Uunima, não. Ya satxika hle toonawa ya saykhleman. Neka tempo ke, ya sakhetxi khiakke toonawa. Flidjwa khiwa, xoawa, tafiawa, kheytxilha khiaka. Ya sa khoflewalha khia. Efewde txtxaya dey, anhan, txtxaya fthoana dodwa khia. Txtxaya dey yoolha khiaka ya txfonete toonawa keeka wate. Nema hle fela txtxaya ke: – Yooxte hle txhua xoawa setxhi te txhufnite toonawa kitxhia eynite. Sesdey ya fetshanexte hle. Semana sone ke, kaske yooka hle de ya tsfonewte. Newde ya sa kefe teti hle. Etxhalhama maltxilha ya tekhane, natsaka ya tekhane, dotsaka ya tekhane. Ya setsondowa khia yankyake, esdeytowa khia. Ya fenkhettotwa sey natona txite. Ya holha khia sey nato txite. Toona xiwa ya khetman, ya yonkya hle. Newdehle i txhaknexama hle, i satxidjone skalhaka hle, i samakhe hle, i sa kefene hle. Uunima i efekhlane lhawa hle. I khaxi lwa kodeka lwa i hote. I thosoa tiwalha kesey, i thosoa. Nemahlede, uunima hle de thitisewde yaadedwa kesey. Ya sa fekhlama khiake eyni yaadedwa, wey. Thiti ewka teka. I latxone nankya. May ekhe kodekahe. Yasa lhawa feytontakka. Khonefãw ekhaxi koode, khotxa koode. Oslawa efenkya tetdjonkya. Se osla até sethkwama. Yasa osla tetxdjowa. Newdehle natsakawa ya koman, yasa txhufnite otxhaytowa ke owa lugarlhama ya txman. Yasa takehewa eynite, ya txkenewa khia, ya fehetxike, fexoawa. Ya holha khiaka fexoa pedasowa sa txkete.

Tradução editar

Quando nós andávamos caçando, meu amigo era Estenderlau. Eu era frangote. Aí nós matávamos gambá, pegávamos camaleão, preá, saguis. Quando nós chegávamos de tarde: – Feetonexto! Nós tirávamos o couro de um teiú pra gente vender barato. Mas nós vivíamos desse jeito. Os nossos velhos eram pobres. Ninguém se ajudava (acudia) naquele tempo. Hoje, não. Nós já ajudamos, às vezes quando a gente arruma alguma coisa. Porque naquele tempo nós compartilhávamos as coisas. Até piaba, teiú, preá, a gente dividia. A gente se alimentava um pouco. Era todo dia, sim, não era só um dia não. Todo dia nós andávamos caçando coisinhas para poder comer. Aí no dia da feira nós já íamos com aquele couro de teiuzinho vender pra comprar farinha. Depois nós começávamos na outra semana. Nós íamos caçar de novo. Depois nós fazíamos nossas roças. Quando chovia, nós plantávamos milho, feijão, batata. Nisso nós íamos trabalhando. Os nossos antepassados não tinham tanto interesse em fazer roça, eram preguiçosos. É que quando tinha só mel, nós andávamos pelo mato tirando mel. Quando nós adquiríamos uma coisinha, nós ficávamos alegres. Depois, quando eu fiquei rapaz, que comecei a namorar e viver, eu casei, cuidei da nossa roça. Hoje eu já estou velho. Minha perna dói para eu andar. Minha vista está ficando curta como a de uma jiboia. Hoje eu ando todo à toa como um menino. Porque quando nós ficamos velhos, ficamos igual a um menino, rapaz. Fica andando à toa. O meu coração vê. Mas o corpo não dá mais. Nós queremos trabalhar. Porém a perna não dá, o braço não dá. Só meu coração está vivo. Até quando eu morrer. O coração da gente faz isso. Depois nós íamos vender feijão para os brancos para quando nós íamos para o Ouricuri. Nós íamos comprar roupa, nós comprávamos comida, sandálias, rede. Nós andávamos nos vestindo com um pedacinho de rede.

Vocabulário Yathê editar

Veja abaixo algumas palavras da língua Yathê:[8][9][10][11][12][13][14]

PortuguêsYathê
cinzafêlôwa
fêhê
folhata(-)cʰa
fígadota(-)cô
denteta(-)xi
cabeloli
águaôːja
línguakts(ʰ)ale
bocata(-)tʰê
narizkʰletʰa
olhotʰô
orelhakfakê
cabeçatkʰa
fogotôwê
árvorecʰleka
sementekêtʰôja
ouvirkfala-
dormirkfafa-
terrafê(j)ʔa
piolhocfôwa
pedrafô(ʔ)a
chuvaflicja
mãokoho ~ kʰoja (?)
caminhotdi
darkô-
estar sentadokine-
estar deitadokʰa-
iro-, no-
rabota(-)tô
carneucʰi ~ utxi
nomeketkʲa
unhakʰôtkʲa

Em seguida, alguns nomes de plantas e animais na língua Yathê:[15]

Nomes de animais e plantas
PortuguêsYathê (ortografia)Yathê (fonética)notas
cabaço; porongoafthoaˈafthoa
piranheiraailoaˈailɔa
sabiáaisoaˈaisɔa
arara-canindéakháaˈkha
tocandiraanatxilyaaˈnačiλa
cajuaxtiaaštiˈa
pitiguaridjyodjyoˈǰoǰo
cana-de-macacodonexadoˈneːša
mandacaru (a polpa)dosedjywaˈdoseǰwa
batata-doce, batatadotsakadot-saˈka
ararinha (maracanã)dotskeado¢keˈa
imburanadoweaˈdowea
maria-de-barrodoxleaˈdošlea
mamãodoyakhatodoyaːˈkhato
embiradutxiaduːčiˈa
imbu (maduro)edjywaxianeeǰwaˈšiane
piranha (peixe)eflantosoaeflãtosoˈaeflankya + -toa + -soa
macaxeira (planta)ekhloáekhloˈa
macaxeira (raiz)ekhlondoaekhlõdoˈa
mandioca (planta)ektondoaektõdoˈa
barriguda (árvore)elédonkyaeˈlɛdõkya
pega-pinto (planta)ethaloya-futyho
bananaethatseaetha¢ɛˈaetha + etsea
favaethaxkyaeˈthaškyaetha + exkya
cavaloethayoethaˈyoethaikya + -o
alenta-cavaloethayokhexwaneseethayoˈkhɛšwaneseethayo + khexwneka + -se
galhoethleeˈthle
galo-de-campinaetkhatxleaetkhačlɛˈaetkha + etxlea
melanciaetsoneeˈ¢õneetso + -ne
urtigafakhoafakhoˈa
percevejo-de-camafakofofaːkoˈfoefa + -kofo
patofaleˈfale
marrecofalêfaˈle
patafaleneˈfalenefale + -ne
gansofalesakaˈfaleːsakafale + -saka
borboletafasiskafaˈsiska
sapofedeseafdeseˈa
(espécie)fedeseulidjyonkyafdeˈseuliǰõkyafdesea + eulidjyonkya
cobrafdjyakafǰaˈka
cobra-cegafdjyaka-thotho
cobra-verdefdjyakakatxdeafǰakačdɛˈa
cobra-pretafdjyaka-txhitxhia
marimbondo-de-chapéufedwaˈfedwa
gambáfekhiafekhiˈa
camaleãofekhyafeˈkhya
minhocafekofofeːkoˈfofe- + -kofo
enxufestoafestoˈa
formigafetalwaˈfetalwa
taocafetalwatxleaˈfetalwačlɛafetalwa + etxlea
fruto do alastradofetkafɛˈtka
cigarra (inseto)fetxatxĩhosofečaˈčĩhosofetxa + eitxĩho + -so
cupinzeiro; cupimfeyanefeːˈyane
cupimfeyanekofofeːyanekoˈfofeyane + -kofo
açafrão; urucufitxiafičiˈa
saúvaflatheaflatheˈa
bacurau; prostíbuloflayaflaˈya
alecrimflethutxiaflethuˈčia
piabaflidjwaˈfliǰwa
grilo; gafanhotofliliafliːliˈa
gafanhotãofliliahesafliːliaˈhɛsa
jacaréflixiwaflišiˈwa
picapaufolatataˈfolatatafola
acarifowaxihofoːwaˈšihofowa + exiho
riachofulitkaˈfulitka
pau-d'arcofuxilyafuˈšiλafuxía + -lya
lagartixagõyagõˈya
coroa-de-fradeidiaˈidia
cigarroinesiainesiˈa
gavião (espécie)iktoyaˈiktɔya
rato; guabiruinkyaĩkya
ratinho (rato pequeno)inkyawaˈĩkyawainkya + -wa
rato (espécie)insakaloĩsaˈkalo
cachorro, cãoithloiˈthlo
gavião (espécie)itkeaˈitkea
gavião-mateiro (fémea)itoaˈitɔa
gaviãozinhoitoyaˈitɔyaitoa + -ya
gavião (espécie grande)itwkweaˈitwkwea
limãojalbeažalˈbɛaport.?
abelhakalnaldjyoakalnalǰoˈa
piau (pequeno)khaftxoˈkhafčo
tamanduákhdelayˈkhdelay
tamanduá-mirimkhdelayaˈkhdelaya
calango (de porte médio); sardãokhdelmalkaˈkhdelmalka
tamanduá-bandeirakhdelsakakhdelsaˈka
(espécie); embuá (espécie)khdusyaˈkhdusya
carão (ave)khlawkyaˈkhlawkya
xexéu-de-bananeirakhoxtonkyakhɔšˈtõkya
papagaiokhwayakhwaˈya
tigre; onçaklekenihoklekeːˈniho
onça-pintadaklekeniho-fotxha-txhitxhia
onça vermelhaklekenihotxleaklekeːnihočlɛˈaklekeniho + etxlea
onça-pretaklekeniokhotxatsdakaklekeːniokhɔča¢daˈka
onçaklekenisoklekeːˈniso
gomo da palmeira ouricuri; palha de olhokletxakleːča
bicho; verme-kofo
tocandirakolathluliakolaˈthluliakola + ethlulia
corujakololokoloˈlo
umbigokõneˈkõne
osca, taikhakosenekoːˈsene
inambuksoaksoˈa
juritiküiküiküiˈküi
jacalahianelahiˈane
corta-jaca (m.)lahiane-thulho
corta-jaca (f.)lahiane-thulhoso
jaqueiralahiane-tokhetha
bode; cabralefetilefeˈti
palma forrageiralefetiakhdelefetiaˈkhde
enxu (espécie)lekhaskalɛˈkhaska
cabaçolelmakealelmakeˈale + le + makea?
cabaçoletdeyaletdeˈyale + tdeya?
cuia (fruto da cuieira); coitéletxidwaleˈčidwa
abóbora; jerimumlexkyaˈleškyale + exkya
grogojó (fruto)lexkyadayaleškyadaˈyalexkya + edaya
besouro (espécie)leyoaleyoˈa
aricuri, ouricurilikulilikuˈliport.
periquito (espécie)lilixkyaliˈliškyalili- + -xkya
juazeirolokhealoːkheˈa
juálokheathaloːkheaˈthalokhea + etha
chorróloloˈlolo
rato-catitaluxixyaluˈšišya
urubuluxtutwaˈluštutwaport.
morcegomadjyonkyaˈmaǰõkya
milhomalkawamalˈkawa
pipocamaltyitshasatxdjyoa
mamãomamãmãˈmãport.
jecatatumateamateˈa
tesouramaxiamaːšiˈa
capimmilyuwamiλuˈwa
rabo-de-raposamitxaˈmiča
folha de coqueiro; choça feita com folhas de coqueiro; coqueiromitxiamiːčiˈa
víbora (espécie)naltyosoaneˈnalčosoanenaltyosoa + ne
feijãonatsakanat-saˈka
feijão pretonatsaka-txhitxhia
cobra-de-veadonatyanaˈča
mulungu, corticeiranaxianašiˈa
tatu-bolanelekanɛlɛˈka
capim-açuneliatkhatsoanɛliatkhat-soˈa
moscaoxaˈoša
mutucaoxaselwhosoošaselwhoˈso
ostraoyakofooːyakoˈfooya + -kofo
arara (fêmea)sakkakasakkaˈka
mãe-da-luasatyasaˈča
imbuseheˈsehe
gusano; lagartasekofoˈsekofosê + -kofo
marimbondoseltoase- + elwtoa
timbuseolya
galinhasetadwaseːtaˈdwa
mucunã (semente da mucunã)sethaseˈthasê + etha
raposasethalyaseˈthaλa
rapososethalya-otska
mamonasethidyaseˈthidya
passarinhosetose:ˈto
garçasetoleyanese:toˈlɛyaneseto + eleya + -ne
lavandeiraseto-setketswhoso
anumsetshlaihose¢hlaiˈhose- + tshlaiho
anum-brancosetshlaiholeyase¢hlaihoˈlɛyasetshlaiho + eleya
anum-pretosetshlaiho-txhitxhia
alfavacasetxhithdoasečhithdoˈasê + etxhi + ethdoa
sanguessugasetxhixihososeːčhiˈšihosose- + etxhi + exihoso
imburana-de-cheirosetxhiyasečhiˈyase + etxhi + êya
algodãosêyaˈseya
marimbondo (espécie preta)soasoˈa
mandacarusofoyasofoˈya
irapuásuskaˈsuska
preátafiatafiˈa
punarétafiatattoatafiatattoˈatafia + tato + -toa
cutiatafiatianetafiatiˈanetafia + etiane
calango; bíceps braquialtafinetaˈfine
maracajátafkeatafˈkea
gatotafkexkyatafˈkeatafkea + exkya
lagarto; teredotaflekkofotaflekkoˈfotafleka? + -kofo
abelha (espécie)tastoaˈtastoa
jundiá (espécie)tatoataːtoˈa
manditatxiatačiˈa
piau (grande)tatxnikatačniˈka
mandi (pequeno)tatxnikaletačnikaˈlɛ
macacothaysakaˈthaysakathiaya + -saka
sagüimthiayathiˈaya
mocóthixathiˈša
carcaráthlakathlaˈka
caranguejo; jundiáthletoathleːtoˈaethle + -toa
cão, cachorrothlifeˈthlife
pulgathlohothloˈhoithlo + elwho
papa-ovothnaskathnaːˈska
ema; avestruzthodoˈthodo
papa-vento (camaleão)thoflekathofleˈka
borrachudo (mosquito)thoflekkathoflekˈka
traírathofothoˈfo
mosquito (espécie)tholfolyatholfoˈλa
grilo-toupeira, paquinhathosolmakathosolmaˈka
pião (planta)thoyathoˈya
arara (macho)thulkyathulˈkya
escorpião; lacrauthuskyathusˈkya
tauá (pedra vermelha, ou tinta vermelha extraída dessa pedra)tithloaˈtithlɔa
taquari; canudo de taquarititinewatitiˈnewatitineka + -wa
formiga (espécie)titiwatiːtiˈwa
jibóiatiwatiˈwa
bicho-de-pétkusiatkuːsiˈa
caramujo (grande)tokododotoːkodoˈdoto + kodo + edoka
anáguatsakeneˈ¢akene
piolho-de-cobratsdadaka¢dadaˈka
piolhotsfowa¢foˈwa
mororótshakhyaˈ¢hakhya
aranha (espécie)tshalea¢haˈlea
caranguejeiratshalea-exitsoa
fruta da imburanatshdika¢hdiˈka
café (grão)tshdutwa¢hˈdutwa
facheiro (cacto)tshalanexa¢hlaˈneša
fruto do facheirotshnalatka¢hnalaˈtka
necta; pustuituˈi
azedotusiatusiˈa
xexéu (japim)tuxiatušiˈa
abelha (espécie)txatoskačaːtosˈka
arribaçãtxatxičaˈči
jabutitxhakačhaˈka
jia (espécie)txhaktoklehenečhaktokleˈhenetxhakto? + klehene
cágado (d'água)txhaskaˈčhaska
tatupebatxhatkaˈčhatka
piau (piaba)txhatxleataxitywačhačlɛaˈtašičwa
fruto do rabo-de-raposatxheskaˈčhɛska
raiz de imbuzeirotxhiačhiˈa
jacu (espécie); membrana impermeável do mandacarutxhifthayačhifthaˈya
beija-flortxhiliačhiːliˈaetxhi- + elia
beija-flor-pardotxhiltiwačhiltiˈwa
cágado (da terra)txhoklaiačhɔkla-iˈa
imbuzeirotxianečiˈãne
peixetxidjyoˈčiǰo
cascudo (peixe)txidjyokhleaˈčiǰokhleˈa
jundiátxidjyoksekaˈčiǰosɛˈka
curumatãtxidjyoleyanečiǰoˈlɛyanetxidjyo + eleya + -ne
curimatãtxidjyothlulianeˈčiǰoˈthlulianetxidjyo + ethluliane
timbótxidjyowseˈčiǰowsetxidjyo + ewkya + -se
cará (acará)txidjyoxkyaneˈčiǰoškyanetxidjyo + exkya + -ne
imbu (verde)txifiačifiˈa
muçutxifladjyaˈčiflaǰa
caborgetxiflathačiflaˈtha
jararacatxifowačifoˈwa
calango (espécie de pequeno porte)txikačiˈka
rola-pequenatxika-ktyai
pedúnculo da macambira-de-pedratximthayačimthaˈya
araparitxitxdiačičdiˈa
arapiracatxitxdisakačičdiːsaˈkatxitxdia + -saka
catingueirotxixiačišiˈa
tiçãotxkhethačkhɛˈtha
joão-tolotxlelatxlečlelaˈčle
ariútxlelwatxlečlelwaˈčle
trapiá (árvore)txleskačlɛsˈka
macambira-de-pedratxolakačolaˈka
caga-sebo (ave)txupičuːˈpi
pintassilgotxupimčuˈpĩ
baraúnatyfetheačfetheˈa
soluçotyityiačičiˈa
embuáusia
rola, rolinha (ave)usíauˈsiːa
cobra-coralutiamleautiaːˈmlea
gato-do-matoutkyautˈkya
rasga-mortalhautxixkyauˈčiškya
mosquito (espécie)uxileyaˈušilɛya
mosquitouxiliaušiːliˈa
abelha-mosquitouxilianeušiːliˈaneuxilia + -ne
muriçocauxiliaselwhoušiːliaˈselwhouxilia + se- + elwho
mosquiteirouxiliatytyoušiːliačˈčouxilia + etytyo
seriemawadjyawaˈǰa
peregrinowahwdoawahwdoˈa
porcowalewaˈle
capivarawale-oyatytyo
porco-espinhowalesedyanewaleˈsedyane
rinocerontewaletiawaletiˈawale + etia
caititu, porco-bravowaleyawaleˈyawale + eya
caramujo (pequeno)waliawaːliˈa
manga (fruta)walkanewalˈkanewalka + -ne
mangueirawalka-tokhetha
peruwatsakawa¢aˈka
gavião-mateirowawawaˈwa
enxu (espécie)xdiašdiˈa
tejuxoašoˈa
macambiraxolxakašolšaˈkatxolaka + -xaka
abacaxixolxetwaˈšolšetwaxolxaka + -twa
tapuruyakfoˈyakfo

Referências

  1. PALÁCIO, A. P. «O índio e o livro didático». Recife: Secretaria de Educação. Anais do seminário livro didático: a discriminação em questão. 1989 
  2. RODRIGUES, A.D. «Línguas brasileiras. Para o conhecimento das línguas indígenas». 1986. São Paulo: Loyola 
  3. a b c d e f g h i j k Costa, J. F. da. «Yaːthê, a última língua nativa no Nordeste do Brasil: aspectos morfo-fonológicos e morfo-sintáticos». Universidade Federal de Pernambuco.1999. (Doutorado em Linguística) 
  4. «Yaathe, a língua do misterioso mundo Fulni-ô - Especial Ano Internacional das Línguas Indígenas». www.funai.gov.br. Consultado em 21 de abril de 2021 
  5. a b c d e f g da Costa, Januacele. «Descrevendo línguas brasileiras: Yaathe, a língua dos índios Fulni-ô». Universidade de Alagoas. Revista do GELNE, Natal/RN, Vol. 17 Número 1/2: 93-111. 2015 
  6. JC Online(Jornal do Comércio) (2007). «Fulni-ô é a única etnia no Nordeste que manteve a língua». UOL 
  7. FERREIRA de Sá, FRANCISCA da Costa, FULNI-Ô, Elvis, Januacele, Fábia (2018). Fulni-ô Sato Saathatise I A Fala dos Fulni-ô I Fulni-ô’s Speech. [S.l.]: Bluscher. pp. 16–17 
  8. Nikulin, Andrey. «Proto-Macro-Jê: um estudo reconstrutivo». Universidade de Brasília. Tese de Doutorado em Linguística: 69-70 
  9. Lapenda, G. C. Perfil da língua Yaathê. Recife: Arquivos. 1965. pp. 54–72 
  10. Lapenda, G. C (2005). Estrutura da língua Iatê, falada pelos índios Fulniôs em Pernambuco. Recife: Editora Universitária UFPE, 2005. 277 páginas 
  11. Barbosa, E. A (1991). Aspectos fonológicos da língua Yatê. Departamento de Lingüística, Línguas Clássicas e Vernácula, Instituto de Letras, Universidade de Brasília.: Dissertação (Mestrado em Linguística). 55 páginas 
  12. Costa, J. F. da (1999). Yaːthê, a última língua nativa no Nordeste do Brasil: aspectos morfo-fonológicos e morfo-sintáticos. Universidade Federal de Pernambuco: Tese (Doutorado em Linguística). 365 páginas 
  13. Silva, F. P. da (2011). Descrição da estrutura silábica do Yaathe, uma língua indígena brasileira. Curitiba: Anais do VII Congresso Internacional da Abralin. pp. 1378–1389 
  14. Branner, J. C (1929). Os Carnijós de Aguas Bellas. Rio de Janeiro: Revista do Instituto Historico e Geographico Brasileiro. pp. 359–365 
  15. SÁ, Aluizio Caetano de (2000). Dicionário Iatê-Português.1º edição. Águas Belas: A. C. de Sá 

Ligações externas editar

  • «Yatê» no Catálogo de Línguas Indígenas Sul-Americanas