Batalha de Eylau

A batalha de Eylau ou Batalha de Preussisch Eylau ocorreu em 7 de fevereiro de 1807, próxima à cidade de Preußisch Eylau, na Prússia Oriental, atualmente no Óblast de Kaliningrado, na Rússia. Nesta batalha sangrenta, opuseram-se, com resultados indefinidos, o exército de Napoleão Bonaparte e o exército russo sob o comando do general Benningsen.[3]

Batalha de Eylau
Guerra da Quarta Coligação

Napoleão no campo de Eylau, por Antoine-Jean Gros.
Data78 de fevereiro de 1807
LocalPreußisch Eylau, Prússia Oriental
DesfechoVitória tática francesa
Estrategicamente inconclusiva
Beligerantes
Império FrancêsRússia Império Russo
Reino da Prússia
Comandantes
Napoleão IRússia Levin August
Anton Wilhelm von L'Estocq
Forças
75 000 soldados:[1]
Napoleão: 45 000
Ney: 14 500
Davout: 15 000
200 canhões
76 000-83 000 soldados:[1]
Benningsen: 67 000 russos
Lestoq: 9 000 prussianos
460 canhões
Baixas
5 130 mortos[2]
24 373 feridos[1]
7 000 – 9 000 mortos[2]
20 000 feridos[1]
+ 3 000 prisioneiros

Contexto histórico editar

Depois de Napoleão derrotar a Prússia, o Czar Alexandre I decidiu confrontá-lo. O exército russo avançou para a Polônia.

A batalha editar

Franceses e russos se encontraram na Polônia, que fora repartida entre Prússia, Áustria e Rússia, no fim de 1806. Com o tempo frio e chuvoso e o solo lamacento, nenhuma batalha foi travada. Os russos recuaram para o leste. Acostumado a lutar sob condições climáticas extremas, o exército russo retomou a iniciativa no ano seguinte, no auge do Inverno. Como sempre, Napoleão respondeu com um contra-ataque agressivo. Seus planos, no entanto, foram descobertos pelo general russo Benningsen, que decidiu tomar uma posição defensiva a leste do vilarejo de Preußisch Eylau, na Prússia Oriental. Ali, 80 mil russos, com 400 canhões, aguardavam 46 mil franceses e 300 peças de artilharia que rumavam para Eylau.

Na manhã do dia 8 de fevereiro, sob uma tempestade de neve a -15°C, os combates tiveram início. Napoleão confiou seu ataque ao flanco direito, comandado pelo eficiente Davout, enquanto Benningsen tentava cercar o lado esquerdo do exército francês. Às 10 horas, os Russos reagiram. Napoleão respondeu com a infantaria de Augereau, que, com a visibilidade prejudicada, foi massacrada pela artilharia. Bonaparte decidiu então solicitar o avanço de Murat com seus 10 mil cavaleiros. Começava uma das maiores cargas de cavalaria já registradas. Custou a vida de 1,5 mil cavaleiros franceses e 4 mil soldados russos. Às 15 horas, já sem reservas, Napoleão soube da chegada de 8 mil prussianos para socorrer os russos.

As tropas de Davout começaram a ser repelidas. Porém, ao cair da noite e com sete horas de atraso, 8 mil homens sob o comando do marechal Ney reforçaram os franceses, permitindo que Dvout retomasse a ofensiva. Vendo sua principal rota de retirada ameaçada, Benningsen ordenou a retirada dos russos. A batalha custou 20 mil homens aos franceses, mais de um terço do exército, e os russos perderam 30 mil.

Consequência editar

A batalha foi uma verdadeira carnificina, mas não produziu resultado decisivo algum. A vitória esmagadora de Napoleão teria de esperar a primavera.

Referências

  1. a b c d Chandler, David (1966), The Campaigns of Napoleon., New York: Macmillan, pp. 536, 584, ISBN 0-02-523660-1
  2. a b «Napoléon & Empire — Bataille d'Eylau». Napoleon-empire.net. Consultado em 6 de dezembro de 2023 
  3. Haythornthwaite, Philip J. (1996), «3», Die Hard! Famous Napoleonic Battles, Londres: Cassell 
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