Como Deixar um Relacionamento Emocionalmente Abusivo

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Neste Artigo:

Quais são os sinais de um relacionamento emocionalmente abusivo?

Elaborando um plano de fuga seguro

Protegendo a si mesma depois de ir embora

Dicas para se recuperar emocionalmente

Ajudando outra pessoa a deixar um relacionamento emocionalmente abusivo

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Referências

O abuso emocional pode não deixar marcas físicas, mas não quer dizer que não é real. Você tem todo o direito de querer acabar com uma relação assim... Mas como fazer para se desvencilhar de uma pessoa que, de certa forma, tem a sua vida nas mãos? Fique tranquila! Criamos este artigo para reunir uma série de dicas e estratégias comprovadas por especialistas que podem ajudar a se livrar do seu parceiro e retomar o controle sobre seu dia a dia. De todo modo, lembre-se: o primeiro passo sempre é o mais difícil, e você pode sim se orgulhar se colocar seu bem-estar físico, mental e emocional em primeiro lugar!

Passos

Método 1

Método 1 de 5:

Quais são os sinais de um relacionamento emocionalmente abusivo?

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   Situações de abuso verbal, psicológico, financeiro e social são alguns sinais comuns. O abuso emocional nem sempre é tão óbvio quanto outros tipos, mas ainda deixa uma marca inegável na vida da vítima. Veja alguns sinais de alerta de que seu parceiro é emocionalmente abusivo:

   • Isolamento: ele impede que você passe tempo com seus amigos e parentes, chegando a interferir na sua rotina.
   • Gaslighting: ele faz você questionar sua noção da realidade.
   • Abuso verbal e reprimendas: ele grita, menospreza e censura você.
   • Abuso financeiro: ele confisca seu dinheiro ou limita seu acesso à sua própria conta bancária.
   • Semear o medo: ele ameaça machucar você ou a si mesmo.
   • Abuso social: ele tenta sabotar suas relações e monitorar tudo que você faz.
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Método 2

Método 2 de 5:

Elaborando um plano de fuga seguro

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   Elabore um plano de fuga seguro enquanto você ainda vive com seu parceiro. Apesar de relacionamentos emocionalmente abusivos nem sempre envolverem violência física, eles ainda são bastante perigosos. Pode ser, por exemplo, que seu parceiro intimide você, ameace machucá-la ou tome o controle da sua vida financeira. Se você se sentir vulnerável, é bom ter um plano de fuga em mente para conseguir um pouco de conforto e estabilidade. Veja exemplos:

   • Escolha uma área da casa para onde você possa escapar caso a situação piore.
   • Pense em um pretexto para sair de casa (como ir ao mercado).
   • Conte sobre o abuso emocional aos seus amigos e parentes.
   • Prepare-se para tomar medidas legais contra a pessoa.
   • Guarde dinheiro para reconquistar sua independência financeira.
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   Peça ajuda a seus amigos e parentes. Marque um encontro com um amigo ou parente de confiança quando seu parceiro não estiver por perto. Explique sua situação e pergunte se ele tem condições de ajudá-la a deixar o relacionamento. Você pode dizer:

   • "O João vem sendo verbal e financeiramente abusivo comigo há meses, e não me sinto mais segura perto dele. Quero terminar, mas tenho medo. Você consegue me ajudar?"
   • "Não quero ficar com o André mais, mas a casa é dele e eu não tenho aonde ir se for embora. Posso ficar na sua casa por uns dois dias até eu encontrar um lugar mais permanente?"
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   Reserve dinheiro em um lugar inacessível para a pessoa. Muitos abusadores emocionais controlam suas vítimas financeiramente. Por isso, comece a reservar dinheiro aos poucos — de modo que seu parceiro não desconfie. Você pode até pedir para um amigo ou parente de confiança guardar essa quantia para que ela fique 100% fora do alcance.

   • O lugar mais seguro para guardar seu dinheiro é uma conta bancária separada, mas nem sempre dá para abrir uma quando se vive com a pessoa. Não se preocupe: coloque o dinheiro onde der por enquanto e deixe para abrir a conta depois do término, quando as coisas estiverem mais seguras.
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   Compre um segundo celular e acesse a internet de um lugar seguro. Compre um celular baratinho e cujo número seu parceiro não tenha. Só passe o contato para amigos e parentes de confiança com quem você precise falar durante e depois da sua fuga. Aproveite também e comece a usar o modo de navegação anônima do seu computador — ou melhor, nem use o computador em casa — para não deixar um rastro no histórico.

   • Em último caso, veja se um amigo ou parente de confiança não consegue emprestar um celular velho que tenha em casa a você.
   • Se possível, comece a trocar seus nomes de usuário e senhas de mídias sociais e outros sites. Pode ser que você precise esperar até sair da casa em que a pessoa vive.
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   Encontre um lugar para morar depois de ir embora. Pergunte para aquele amigo ou parente de confiança se você pode ficar com ele enquanto busca um novo lugar para morar. Se você prefere não pedir esse tipo de ajuda, tudo bem: busque abrigos e ONGs de apoio a vítimas de abuso.

   • Abrigos para vítimas de abuso são lugares temporários, mas completamente seguros.
   • Esses abrigos também são excelentes para quem tem filhos.
   • Se possível, entre em contato com o abrigo de antemão e descubra que tipos de recursos ele oferece.
   • Faça uma busca no Google para encontrar abrigos locais (no modo de navegação anônima, claro).
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   Junte somente o essencial para ir embora rápido. Pense somente no essencial que dê para colocar em uma mochila ou sacola leve e fácil de carregar. Veja uma lista de coisas importantes:

   • Seus documentos mais importantes.
   • Uma muda de roupas.
   • Dinheiro extra.
   • Remédios.
   • Esconda essa mochila ou bolsa em um lugar desconhecido pelo seu parceiro. Se possível, guarde-a na casa de um amigo ou parente.
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   Pense na logística da sua fuga para conseguir ir embora rápido. Mesmo se você não está correndo nenhum risco físico imediato, um bom plano de fuga pode trazer paz de espírito nos dias e nas semanas anteriores à sua saída.

   • Memorize uma lista de contatos de emergência para o caso de a situação sair do controle de repente.
   • Se você tem carro próprio, deixe o tanque de combustível cheio. Quando seu parceiro não estiver em casa, cronometre o tempo que você leva para entrar no veículo e sair da garagem e treine até ficar bem rápida.
   • Se você pretende fugir a pé, planeje a rota de casa até um lugar seguro.
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   Execute seu plano de fuga o mais rápido possível. Deixe a casa assim que possível — para seu parceiro não ter tempo de conter você ou entrar no seu caminho.

   • Revise o plano de fuga que você elaborou antes, principalmente se estiver indo embora com seus filhos. Assim, todos vão saber o que precisam fazer.
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Método 3

Método 3 de 5:

Protegendo a si mesma depois de ir embora

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   Mude um pouco sua rotina. Tente ir para o trabalho em um horário diferente ou escolher outro mercado para suas compras, por exemplo. Pequenos ajustes assim podem fazer uma diferença enorme — e dificultar a vida do seu ex-parceiro caso ele queira ficar de olho em você. Veja só:

   • Saia para trabalhar às 7h30, não às 8h.
   • Faça outro trajeto até chegar em casa.
   • Estacione mais longe do trabalho.
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   Mude seu endereço em todos os lugares possíveis. Vá à Prefeitura ou a um cartório da sua cidade e mude seu endereço em todos os lugares possíveis. Isto é outra medida para impedir seu ex-parceiro de descobrir onde exatamente você está.

   • Alguns serviços de mudança de endereço são pagos, mas a maioria é de graça.
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   Abra uma nova conta bancária para ter independência financeira. Crie uma conta individual, em seu nome, para seu parceiro não ter acesso ao dinheiro guardado nela. Deposite aquelas suas economias para criar um fundo de emergência.
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   Explique a situação aos seus chefes. Diga que você deixou um relacionamento abusivo recentemente e que está preocupada com a possibilidade de seu ex-parceiro aparecer na empresa e fazer estardalhaço. Seus chefes podem pensar em formas de prevenir situações do tipo, como:

   • Proibir seu ex-parceiro de entrar na empresa.
   • Trocar você de sala ou mesmo local de trabalho.
   • Deixar você trabalhar em regime remoto.
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   Tome medidas legais se seu ex-parceiro não deixar você em paz. Nem sempre é fácil tomar medidas legais contra situações de abuso emocional — tudo depende de onde você vive e do que seu ex-parceiro fez. Em alguns lugares, talvez dê para conseguir uma medida protetiva contra ele.

   • Conseguir essa medida protetiva é seu direito mais básico caso a pessoa esteja infernizando sua vida e invadindo sua privacidade.
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Método 4

Método 4 de 5:

Dicas para se recuperar emocionalmente

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   Comece a fazer terapia. Recuperar-se do abuso emocional é uma longa jornada — que nenhuma vítima precisa enfrentar sozinha. Um bom terapeuta pode ajudar você a aprender, crescer e se recuperar do que aconteceu para retomar sua felicidade.
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   Participe de um grupo de apoio. Grupos de apoio são excelentes para quem busca ajuda de pessoas que passaram por algo parecido. Converse com representantes de abrigos locais ou faça uma busca na internet para ver que tipos de grupos se reúnem na sua área. Em último caso, tente encontrar pessoas que se encontrem por chamada de vídeo.
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   Continue contando com o apoio de seus amigos e parentes. Passar um tempo com seus amigos e parentes é uma das melhores formas de você reencontrar sua identidade em um espaço seguro. Embora o processo de recuperação emocional nem sempre seja fácil, essas pessoas estão aí para mostrar que você não está sozinha.
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Método 5

Método 5 de 5:

Ajudando outra pessoa a deixar um relacionamento emocionalmente abusivo

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   Ofereça um ombro amigo para a pessoa se abrir e desabafar. Como o abuso emocional nem sempre é tão óbvio quanto outros tipos, às vezes fica difícil se abrir em relação ao assunto. Por isso, diga à pessoa que você acredita nela e que vai fazer o que estiver ao seu alcance para ajudar. Por exemplo:

   • "Nem imagino o que você está passando, mas saiba que estou aqui. Fique à vontade para desabafar comigo sobre seus sentimentos. Vou ouvir com toda a atenção!"
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   Fale de forma direta, sincera e solidária sobre os indícios de abuso que você perceber. O abuso é um assunto complicado de se abordar... Mas, quando optamos por ignorar a situação, acabamos reforçando o silêncio e a condescendência da vítima. Sendo assim, tente falar do abuso de forma sutil, mas solidária. Por exemplo:

   • "Deve ser muito frustrante quando seu parceiro não deixa você sair com seus amigos."
   • "Fiquei muito triste quando ouvi aqueles comentários do Arthur sobre você ontem. Parece que ele diz essas coisas com frequência."
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   Ajude a pessoa a se conectar com organizações de apoio (se ela se sentir confortável). Ofereça-se para pesquisar sobre grupos de apoio e outros recursos para vítimas de abuso emocional (e de outros tipos). Por exemplo:

   • Passe o contato de um abrigo para vítimas de violência doméstica à pessoa.
   • Conecte-a com um grupo de apoio local.
   • Crie uma lista de números de emergência para os quais ela possa ligar.
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   Deixe a pessoa tomar a própria decisão. Quanto mais você pressionar a vítima para colocar um fim no relacionamento com o abusador, maior é o risco de ela continuar nessa dinâmica tóxica. O melhor a fazer é oferecer seu amor e apoio incondicionais, além de deixar claro que ela não está sozinha.
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Dicas

• Ligue para um serviço de atendimento se você não se sente confortável para conversar com um amigo ou parente sobre o relacionamento emocionalmente abusivo. Se necessário, faça uma busca por abrigos e números de telefone no Google.
• Entre em contato com um advogado para pedir orientação jurídica quando você decidir colocar um ponto final no relacionamento. Ele pode ajudar com os preparativos para os possíveis obstáculos, como a guarda dos seus filhos e sua segurança financeira.
• Se você e a pessoa têm filhos juntos, avise os funcionários da escola deles sobre a situação. Diga quem tem e não tem autorização para buscar as crianças, por exemplo.
• Lembre-se de colocar a sua segurança (e a dos seus filhos, se você tem algum) em primeiro lugar. Não faça nada sem pensar.

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Avisos

• Em muitos casos, abusadores emocionais acabam recorrendo à violência física depois de um tempo. Mesmo se isso não estiver acontecendo agora, pode ser que as coisas piorem no futuro.
• Muitos abusadores emocionais usam dispositivos para vigiar a vida de suas vítimas. Fique de olho em tudo que parecer estranho, como um aplicativo novo no seu celular. Só não "mexa" nessas coisas do lugar logo de cara, ou a pessoa vai desconfiar.

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