Petalita

mineral

Petalita (do grego πέταλον, pétalon, literalmente "folha"), também conhecida como castorita, é um mineral filossilicato de lítio e alumínio, cuja fórmula é LiAlSi4O10, importante para a obtenção de lítio; cristaliza no sistema monoclínico. É classificada tradicionalmente como um membro do grupo dos feldspatóides. Entretanto, sua composição química é saturada em sílica, nesse sentido, se encaixa na categoria dos silicatos.

Petalita
Petalita
Fragmento em Minas Gerais, Brasil
Categoriafilossilicato
Classificação Strunz9.EF.05
Corincolor, cinza, amarelo, rosa pálido, ou branco
Fórmula químicaLiAlSi4O10
Propriedades cristalográficas
Sistema cristalinomonoclínico
Hábito cristalinocristais prismáticos tabulares ou massas colunares
Classe de simetriaprismática (2/m) (mesma notação H-M)
Parâmetros da célulaa = 11.737 Å,

b = 5.171 Å,c = 7.63 Å;β = 112.54°; Z = 2

Grupo espacialP2/a
Maclacomum em {001}, lamelar
Propriedades ópticas
Transparênciatransparente a translúcido
Índice refrativonα=1.504,

nβ=1.510,nγ=1.516

Birrefringênciaδ = 0.012
Propriedades ópticasBiaxial (+)
Fluorescência ultravioletanão fluorescente
Propriedades físicas
Densidade2.39 - 2.46 (média 2.42)
Dureza6 - 6,5
Ponto de fusão1350 °C[1]
Fusibilidade5
Solubilidadeinsolúvel
Clivagemperfeita em {001}, pobre em {201}, com um ângulo de 38.5° entre elas
Fraturasubconcoidal
Tenacidadequebradiça
Brilhovítreo, perolado em clivagens
Riscabranca ou incolor
Referências[2][3][4][5]

A petalita apresenta uma estrutura de LiO 4,9%, Al2O3 16,7%, SiO2 78,4%, sendo um esqueleto de tetraedros de AlO4 e SiO4 onde o Si4O10 tem as camadas agrupadas pelos tetraedros de AlO4, onde se tem uma coordenação tetaedrica do Li com O.

Apresenta uma clivagem de {001} (perfeita), é quebradiça, com uma coloração incolor, branca, cinza. Quando maciça é cinza, avermelhada e esverdeada. Possui hábito achatado, por possuir uma clivagem e densidade mais baixa pode ser diferenciada da espodúmena.

Descoberta e ocorrência

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Foi descoberta em 1800, pelo naturalista e estadista brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva, na ilha de Utö, Haninge, Estocolmo, Suécia. Seu nome é derivado do grego pétalon, que significa folha (clivagem perfeita). Em Portugal, foi descoberta por Fernando de Noronha, professor catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade de Porto, na aldeia de Germil, Ponte da Barca[6].

Depósitos econômicos desse mineral podem ser encontrados próximos a Kalgoorlie, Austrália Ocidental; Araçuaí, em Minas Gerais, Brasil; Karibib, na Namíbia; Manitoba, no Canadá; e em Bikita, no Zimbábue.

Ocorrendo, geralmente, em pegmatitos, foi considerada por muito tempo um mineral raro, até ser identificada em grande quantidade na Suécia, no pegmatito Varustrak.

Quando encontrada incolor, a petalita é usada como gema, porém pode ser encontrada incolor e facetável, com qualidade de gema. É rara, o que a torna ainda mais desejável para colecionadores, mais ainda se as pedras forem grandes e livres de inclusões.

Incolor, cinza, amarelo ou cinza-amarelo, ocorre sob a forma de cristais tabulares ou massas colunares em pegmatitos litíferos, associada à espodúmena, lepidolite e turmalina.

Ver também

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Referências

  1. Digital Fire. «Petalite». Consultado em 30 de junho de 2021 
  2. «Handbook of Mineralogy» (PDF). Consultado em 29 de junho de 2021 
  3. Webmineral. «Petalite Mineral Data». Consultado em 30 de junho de 2021 
  4. Mindat. «Petalite: mineral information, data and localities.Data». Consultado em 30 de junho de 2021 
  5. *Hurlbut, Cornelius S. and Klein, Cornelis, 1985, Manual of Mineralogy, Wiley, 20th ed., pp. 459–460 ISBN 0-471-80580-7
  6. «VENHA DESCOBRIR A ALDEIA DE GERMIL». Consultado em 15 de Novembro de 2016. Arquivado do original em 16 de novembro de 2016 
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