Jesús Maria Corona

Jesús Maria Corona (Cudón, 18 de janeiro de 1871Barcelona, 1º de novembro de 1938)[1] foi um arquiteto e escultor espanhol que realizou inúmeras obras no Rio Grande do Sul.

Jesús Maria Corona
Nome completoJesús Maria Corona Alonso
Nascimento18 de janeiro de 1871
Cudón
Morte1 de novembro de 1938
Barcelona
NacionalidadeEspanha Espanhol
OcupaçãoArquiteto e escultor

Pai de Fernando Corona, que também se destacou na arquitetura e escultura em Porto Alegre.[2] Estudou arquitetura e escultura em León, recebendo o grau de arquiteto em Madri, em 1895.[2] Construiu a torre da igreja de Balmaseda e fundou uma escola de artes em Durango.[2]

Trabalhou em San Sebastian e em Vitória.[2] Em novembro de 1909 participou da revolta republicana e por isso foi obrigado a se exilar em Buenos Aires, onde trabalhou nas figuras de mármore do Palácio do Congresso.[2] Na cidade encontrou a João Vicente Friedrichs, que buscava novos artistas para seu ateliê. Trabalhou na oficina de esculturas dele de 1910 a 1913[3] elaborando esculturas para diversas obras, como da agência central dos Correios e Telégrafos de Porto Alegre[4], atalantes reclinados no Banco da Província[5], a escultura Fortuna na residência dos Mariante e Noronha[5], o Teatro Petit Casino[3], a estatuária do Cinema Guarani[6] e da Delegacia Fiscal[6].

Venceu o concurso para elaboração do projeto Catedral Metropolitana de Porto Alegre, onde foram premiados os desenhos de Theo Wiedersphan e Johan Ole Baade.[7] Ali elaborou um projeto para uma vasta catedral neogótica com cinco naves e torres de 72 m de altura, com uma cripta em estilo manuelino.[7] O projeto encontrou críticas de todos os lados, especialmente da Escola de Engenharia, o que levou ao seu abandono.[7] Possivelmente ajudaram o fato de seu autor ter fama de anarquista e dos dois premiados, Wiederspahn e Baade, serem ambos protestantes.[7] O Arcebispo remeteu os projetos para Roma e solicitou ao arquiteto da Cúria Romana, Giovanni Battista Giovenale, que procedesse a uma revisão.[7]

Mais pobre do que tinha vindo[2], retornou para a Espanha em 1922, quando a demanda por seu trabalho diminui, reflexo da crise econômica pela qual passava o mundo.[5] Faleceu, durante a Guerra Civil Espanhola, vítima de um bombardeio, sendo enterrado numa vala comum.[2]

Referências

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