Cânion do rio Poti

unidade de conservação da natureza pertencente ao governo do estado do Piauí

O Cânion do rio Poti é um fenômeno criado pela passagem do rio Poti por uma fenda geológica situada na serra da Ibiapaba, entre o Piauí e o Ceará. O cânion estende-se pelos municípios de Crateús, no Ceará, Castelo, Buriti dos Montes e Juazeiro, no Piauí.[1] O aceso é feito através de duas estradas vicinais: uma pela cidade de Juazeiro do Piauí e outra pela cidade de Castelo do Piauí. Nos períodos chuvosos o acesso fica inviabilizado pelas cheias do rio Poti.[1]

Estação Ecológica Cânions do Rio Poti
Categoria III da IUCN (Monumento Natural)
Cânion do rio Poti
Rio entre as fendas.
LocalizaçãoPiauí, Brasil Brasil
Dados
Área24 hectares
Visitantes15.000
Coordenadas5° 1' 47" S 41° 24' 30" O
Estação Ecológica Cânions do Rio Poti está localizado em: Brasil
Estação Ecológica Cânions do Rio Poti

Embora seja conhecido e divulgado pela imprensa local e estadual, o local ainda é pouco visitado, mas sua beleza já atrai ecoturistas e aventureiros de várias partes do país e do exterior. A visita aos cânions pode ser completada com a ida a Pedra do Castelo.

Características

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Falha geológica

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O rio Poti nasce no Ceará e chega ao Piauí cruzando uma falha geológica.[2] Segundo alguns estudiosos,[qual?] o Poti deveria naturalmente seguir para o litoral cearense, mas ao chegar ao município de Buriti dos Montes, a 250 quilômetros de Teresina, encontra uma grande falha geológica ocorrida há milhões de anos, ele atravessa a serra e segue para o Piauí para finalmente desembocar no rio Parnaíba, no bairro Poti Velho, em Teresina.[3][nota 1]

Os paredões da garganta chegam a ter 60 metros de altura e a rocha é cheia de escavações feitas pela correnteza, originando formas de beleza incomum, e em alguns lugares cria cavernas e abrigos naturais, muito utilizados pelos pescadores.

Gravuras rupestres

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Algumas rochas apresentam gravuras rupestres muito antigas, porém diferentes das encontradas no Parque de Sete Cidades e no Sítio Arqueológico da Serra da Capivara, pois estas foram esculpidas em baixo-relevo nas pedras das encostas.

Até os dias atuais, todo esse patrimônio encontra-se ainda semidesconhecido, sendo visitado apenas por pescadores e ecologistas que enfrentam as rústicas trilhas de difícil acesso.

Notas

  1. Há controvérsias por parte da ciência em relação a essa datação.

Referências

  1. a b Aziz Nacib Ab'Saber (2000). Patrimônios da humanidade no Brasil. [S.l.]: Metalivros. 287 páginas 
  2. Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (1923). Geologia e suprimento d'água subterrânea no Ceará e parte do Piauí, edição 25. [S.l.]: Imprensa inglesa 
  3. Da redação (1941). Revista do Instituto do Ceará, Volume 55. [S.l.]: Instituto do Ceará 

Ligações externas

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