Amedeo Biavati

futebolista italiano

Amedeo Biavati (Bolonha, 4 de abril de 1915 - Bolonha, 22 de abril de 1979) foi um futebolista Italiano. Jogava como ponta-direita e foi titular da seleção de seu país na Copa do Mundo FIFA de 1938,[1] fornecendo a assistência para o último gol da final.[2]

Amedeo Biavati
[[Imagem:Amedeo Biavati 1946 (cropped).jpgAmedeo Biavati]]
Biavati pelo Bologna em 1946
Informações pessoais
Nome completoAmedeo Biavati
Data de nascimento4 de abril de 1915
Local de nascimentoBolonha, Itália
Data da morte22 de abril de 1979 (64 anos)
Local da morteBolonha, Itália
Informações profissionais
PosiçãoPonta-direita
Clubes profissionais
AnosClubesJogos e gol(o)s
1932-1948
1934-1935
Bologna
Catania (empr.)
Seleção nacional
1938-1947Itália18 (8)

A nível de clubes, defendeu durante quase toda a sua carreira profissional, entre 1932 e 1948, o time de sua cidade, ganhando quatro vezes o campeonato italiano pelo Bologna.[1] É naturalmente considerado um dos maiores jogadores da equipe, que foi campeã apenas outras três vezes e uma única depois da década de 1940.[3] Foi um dos dois representantes do time nos titulares da seleção campeã mundial de 1938, ao lado do uruguaio Miguel Andreolo.[1]

Carreira

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O Bologna vencedor do campeonato italiano de 1936-37. Biavati é o último jogador em pé, da esquerda para a direita.

Biavati estreou no time principal do Bologna em 1932, aos 17 anos.[1] Na época, a equipe já era forte e apelidada de "time que faz a Terra tremer", tendo campeonatos italianos, ambos na década de 1920. Marcou duas vezes em vitória fora de casa por 3-0 sobre o Milan na temporada 1932-33 da Serie A; na seguinte, a de 1933-34, marcou um único gol em todo o campeonato.[carece de fontes?] Naquele ano, acabou ainda em 1934 emprestado ao Catania.[1]

A equipe da Sicília disputou a segunda divisão na temporada 1934-35, terminando na terceira colocação, sem ser promovida.[carece de fontes?] Foi a única temporada de Biavati por outro clube, regressando ao Bologna em 1935.[1] O clube logo voltou a ser campeão, conseguindo o bicampeonato seguido das temporadas 1935-36 e 1936-37. Biavati estreou pela seleção italiana já na Copa do Mundo FIFA de 1938, na partida contra a França.[carece de fontes?]

O técnico Vittorio Pozzo havia ficado insatisfeito com o rendimento italiano na partida anterior, a estreia contra a Noruega, inserindo Biavati na vaga que havia sido de Pietro Pasinati.[4] A partida contra os noruegueses, formados por atletas amadores, havia decepcionando quem esperava por uma goleada dos profissionais italianos, que ganharam apenas por 2-1.[5] Biavati não saiu mais nos jogos seguintes.[4] Sua estreia foi na ocasião em que a Azzurra na realidade vestiu-se toda de preto em função da adversária, a seleção anfitriã, também usar o azul. A alteração não deixou de ser polêmica em função da cor alternativa ser associada ao fascismo.[6]

Na decisão, Biavati teve participação ativa no gol que abriu o placar. Os italianos conseguiram recuperar a bola em um escanteio cobrado pela Hungria. Biavati recebeu a bola do médio Pietro Serantoni e correu por trinta metros, desviando de Gyula Lázár e, na chegada de Sándor Bíró, tocou a Giuseppe Meazza. Este então repassou a bola a Gino Colaussi, que acertou um chute forte e cruzado para abrir o marcador.[4] Os húngaros conseguiram o empate apenas dois minutos depois, mas não chegaram a aparentar maior ameaça ao título italiano, mesmo quando diminuíram o placar para 3-2 ainda a 15 minutos do segundo tempo.[7] Aos 37 da etapa final, veio o quarto gol da Itália. No lance, Biavati cruzou para trás e Silvio Piola, que chegava pelo meio, conseguiu mesmo prensado acertar o canto direito de Antal Szabó.[2]

O treinador Vittorio Pozzo com a taça Jules Rimet, rodeado por seus jogadores após a final da Copa do Mundo FIFA de 1938. Biavati é o primeiro jogador em pé, da esquerda para a direita.

Na temporada que se seguiu ao mundial, o Bologna de Biavati voltou a ser campeão italiano, no campeonato de 1938-39.[carece de fontes?] Em paralelo, o jogador conseguiu marcar seus primeiros gols pela seleção, em três exibições seguidas - o único do 1-0 sobre a França em Nápoles, em 4 de dezembro de 1938; um 3-2 sobre a Alemanha em Florença, em 26 de março de 1939; e outro em empate em 2-2 em Milão contra a Inglaterra,[carece de fontes?] resultado honroso em contexto no qual os ingleses abdicavam de participar das Copas do Mundo FIFA, julgando-se de direito a melhor seleção do planeta.[8]

O Bologna foi novamente campeão na temporada 1940-41; a equipe depois só voltou a vencer o campeonato uma outra vez, na temporada 1963-64. Na época, os seis títulos faziam do clube o terceiro maior campeão do país, abaixo dos sete de Juventus e Pro Vercelli e dos nove do então recordista Genova, estando acima dos cinco de Internazionale (Ambrosiana) e dos três do Milan. Biavati seguiu na seleção italiana, embora não tenha disputado partidas entre 1942 e 1945, período de agravamento da Segunda Guerra Mundial em solo italiano.[carece de fontes?]

Biavati jogou pela última vez pela Itália em 9 de novembro de 1947, em derrota de 5-1 para a Áustria em Viena. Ao todo, foram dezoito partidas e oito gols, incluindo dois 4-4 contra a Suíça em Zurique em 11 de novembro de 1945 e outro em 5 de abril de 1942 em Gênova sobre uma seleção independente da Croácia, na época separada da Iugoslávia como um estado independente fantoche do Eixo nazista.[carece de fontes?]

Parou de jogar profissionalmente em 1948, mantendo-se ativo por pequenas equipes semiprofissionais. Faleceu em abril de 1979, aos 64 anos, seis meses antes do ex-colega Meazza.[1]

Títulos

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Bologna

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Seleção Italiana

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Referências

  1. a b c d e f g GEHRINGER, Max (novembro de 2005). Os campeões. Placar: A Saga da Jules Rimet, fascículo 3 - 1938 França. Editora Abril, pp. 42-43
  2. a b GEHRINGER, Max (nov. 2005). Os gols da final. Placar Especial "A Saga da Jules Rimet fascículo 3 - 1938 França". São Paulo: Editora Abril, p. 41
  3. ANTONELLI, Rodrigo (setembro de 2015). «Os 10 maiores jogadores da história do Bologna». Calciopédia. Consultado em 28 de fevereiro de 2018 
  4. a b c CASTRO, Robert (2014). Capítulo IV - Francia 1938. Historia de los Mundiales. Montevidéu: Editorial Fín de Siglo, pp. 56-78
  5. GEHRINGER, Max. Replay de Berlim (nov. 2005). Placar Especial "A Saga da Jules Rimet fascículo 3 - 1938 França". São Paulo: Editora Abril, p. 32
  6. GEHRINGER, Max (nov. 2005). Fascistas. Placar Especial "A Saga da Jules Rimet fascículo 3 - 1938 França". São Paulo: Editora Abril, p. 36
  7. GEHRINGER, Max (nov. 2005). A Itália é bi, com justiça. Placar Especial "A Saga da Jules Rimet fascículo 3 - 1938 França". São Paulo: Editora Abril, p. 40
  8. GEHRINGER, Max. A Europa contra o resto (nov. 2005). Placar Especial "A Saga da Jules Rimet fascículo 3 - 1938 França". São Paulo: Editora Abril, pp. 10-13