Alberto Cavalcanti

Alberto de Almeida Cavalcanti (Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1897Paris, 23 de agosto de 1982) foi um diretor, roteirista, produtor cinematográfico e cenógrafo brasileiro.[1][2][3]

Alberto Cavalcanti
Alberto Cavalcanti
Nome completoAlberto de Almeida Cavalcanti
Outros nomesCavalcanti
Nascimento6 de fevereiro de 1897
Rio de Janeiro, Brasil
Morte23 de agosto de 1982 (85 anos)
Paris, França
OcupaçãoDiretor, roteirista e produtor.

Vida editar

Alberto de Almeida Cavalcanti projetou cenários para cineastas experimentais franceses na década de 20 e dirigiu seu primeiro filme em 1925. Mudou-se para a Inglaterra em 1934, fazendo documentários e, depois, filmes influenciados por documentários nos Estúdios Ealing.[4]

Em 1949, retorna ao Brasil e ajuda a organizar a Companhia Cinematográfica Vera Cruz (em São Bernardo do Campo, SP), sendo convidado a tornar-se o produtor-geral da empresa.[4] Em novembro do mesmo ano, vai à Europa e contrata vários técnicos para virem trabalhar na companhia. Na volta, roteiriza e produz os dois primeiros filmes da empresa, "Caiçara" (1950) e "Terra É Sempre Terra" (1951), e produz, até o meio, "Ângela" (1951). Por causa de desentendimentos com Franco Zampari, Cavalcanti abandona a Vera Cruz em 1951.

Fora dos estúdios de São Bernardo, dedica-se à elaboração de um anteprojeto para o Instituto Nacional de Cinema, a pedido do então presidente Getúlio Vargas.

Na Cinematográfica Maristela (em São Paulo), o cineasta dirige "Simão, o Caolho" (1952). No final do ano de 1952, Alberto Cavalcanti e mais um grupo de capitalistas compram a Maristela, a qual muda de nome para Kino Filmes e passa a ter como diretor-geral, Cavalcanti. Nesta nova empresa, ele realiza as obras "O Canto do Mar" (1953) - refilmagem, no Recife, do europeu "En Rade" (1927) - e "Mulher de Verdade" (1954), dois grandes fracassos. Por não ter como continuar pagando as prestações, a Kino é devolvida aos antigos proprietários em 1954.

Com o fim da Kino, ele vai trabalhar na TV Record e depois estreia, no Brasil, como diretor teatral. Em dezembro de 1954, Cavalcanti parte para a Europa, contratado por um estúdio austríaco.

Filmografia editar

Referências

  1. Rocha, Glauber (2003). Revisão crítica do cinema brasileiro. prefácio de Ismail Xavier. São Paulo: Cosac & Naify. 238 páginas 
  2. Cavalcanti, Alberto (1976). Filme e realidade. prefácios de Leandro Tocantins e Benedito Duarte. Rio de Janeiro: Artenova. 272 páginas 
  3. Ewald Filho, Rubens (2002). Dicionário de cineastas. assistente de edição: Felipe Goulart. São Paulo: Companhia Editora Nacional. p. 126-127. 797 páginas 
  4. a b Veloso, Geraldo (2006). «O cinema universal do brasileiro Cavalcanti». Recine : revista do Festival Internacional de Cinema de Arquivo. 3 (3): 142-147 
  5. «Went the day well»  em inglês