Este artigo foi coescrito por Lisa Bryant, ND. A Dra. Bryan é uma Médica Naturopata e especialista em medicina natural em Portland, Oregon. Ela completou sua Residência em Medicina Familiar Naturopata no National College of Natural Medicine em 2014.
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O granuloma anular é um tipo de lesão cutânea normalmente composta por pequenos calombos avermelhados em um padrão circular, podendo ocorrer em crianças e adultos, mas não em bebês. O granuloma costuma afetar a pele das mãos e dos pés, tornando-se um problema crônico para alguns pacientes. Por mais que não coce ou doa, o granuloma pode incomodar muitas pessoas.[1][2] Ao seguir alguns Passos simples, é possível reconhecer o granuloma e tratá-lo naturalmente.
Passos
- Tome anti-inflamatórios não esteroides com vitamina E. Um pequenos estudo descobriu que o uso de zileuton combinado com vitamina E ajuda na redução dos granulomas anulares.[3] Outros estudos descobriram que a aplicação de vitamina E diretamente na pele também ajuda na redução do problema.[4][5]
- Aplique 400 UI de vitamina E, o equivalente à uma capsula, na região. Pegue uma cápsula líquida da vitamina, abra-a e aplique o líquido diretamente na lesão, massageando-o suavemente. Repita o processo diariamente.
- Utilize óleos de ervas para massagem. Existem diversas ervas que funcionam de modo parecido com o dos anti-inflamatórios, bloqueando os mesmos conjuntos de enzimas e reduzindo a inflamação. Tais ervas são consideradas seguras para uso tópico.[6] Você pode misturar algumas ervas anti-inflamatórias com óleos e massagear a solução na lesão duas vezes ao dia por até quatro semanas. As opções incluem a cúrcuma, a scutellaria, o gengibre, a boswellia e a casca de salgueiro branco.
- Para criar uma pasta, pegue 4 colheres de chá da erva seca ou em pó e misture com 4 colheres de sopa de azeite de oliva. Aumente as medidas caso a área afetada seja grande. Armazene em um recipiente escuro em um local fresco.
- Sempre consulte um profissional de saúde antes de utilizar qualquer tratamento de ervas. É importante garantir que o tratamento alternativo não interfira com qualquer tratamento médico pelo qual você está passando.
- A cúrcuma pode deixar a pele meio alaranjada, mas é uma das ervas anti-inflamatórias mais eficazes.[7]
- Faça uma pasta de abacate, uma fruta rica em vitamina E. Amasse um abacate e misture-o com azeite de oliva suficiente para formar uma pasta, que deve ser aplicada suavemente na pele afetada.
- Deixe a pasta no local por meia hora e então enxágue. Repita o processo diariamente.[8]
- Aplique aloe vera na região afetada. A babosa contém um gel natural – conhecido como aloe vera – com propriedades relaxantes que pode reduzir a coceira e a dor associadas aos granulomas. O gel alcança as camadas inferiores da pele, aliviando a inflamação e aumentando a cicatrização das lesões da pele que surgem com o granuloma anular.
- Experimente o óleo de coco. Você pode consumi-lo oralmente ou aplicá-lo diretamente na lesão do granuloma. A dose oral típica é de 1 colher de sopa três vezes ao dia.[11]
- O óleo de coco contém propriedades antiparasíticas, antivirais, antifúngicas e antibacterianas, o que o torna uma boa opção para o tratamento de condições com causa incerta, como é o caso dos granulomas.
- Faça um bálsamo tópico. Existem mais algumas opções de tratamentos tópicos que foram utilizados com sucesso no tratamento dos granulomas. Misture 1/2 xícara de vinagre de cidra de maçã com 4 gotas de óleo de melaleuca. Aplique a solução diariamente com uma bola de algodão ou um pano. Você também pode amassar um dente de alho e aplicá-lo na região afetada.
- Mantenha o alho na área por meia hora e enxágue. Repita o processo uma vez ao dia. O alho funciona melhor em áreas pequenas.
- Caso não haja nenhuma mudança nas lesões após quatro semanas, consulte um médico novamente para determinar a necessidade de outros tratamentos.[12]
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- Consuma mais gengibre. Assim como no uso tópico, o gengibre pode ser consumido para ajudar com os granulomas anulares por possuir propriedades antissépticas, antibacterianas e anti-inflamatórias. Consuma-o cru, em receitas ou aplique-o em pó ou marinada na pele.
- Você também pode acrescentar gengibre a um chá ou a um copo de leite, adicionando a quantidade necessária para deixar a bebida com um gosto agradável.[13]
- Consuma cúrcuma diariamente. Do mesmo modo que o gengibre, a cúrcuma possui propriedades anti-inflamatórias poderosas, além de conter a curcumina como ingrediente ativo, uma das substâncias antioxidantes e desintoxicantes mais fortes que existe. A cúrcuma pode reduzir a lesão e a coceira, além de prevenir infecções bacterianas.
- O pó de cúrcuma pode ser acrescentado em bebidas e alimentos.
- A cúrcuma bloqueia a enzima COX-II, que é responsável pela liberação da prostalglandina, uma substância inflamatória. Suas propriedades anti-inflamatórias, antibacterianas e antissépticas a tornam triplamente eficaz.[14]
- Consuma a boswellia serrata diariamente. A boswellia serrata é conseguida através da resina da árvore de Olíbano indiana. Trata-se de um anti-inflamatório eficaz que limita a produção de leucotrienos, ácidos-graxos não saturados liberados durante reações alérgicas. A dosagem padrão do extrato varia de 2 g a 8 g de reina por dia.
- Consuma a boswellia por no máximo 12 semanas. A segurança do consumo por um período além desse é desconhecida.
- Uma pomada tópica de boswellia também pode ser utilizada.[15]
- Considere um chá verde. Quando consumido regularmente, o chá verde possui propriedades curativas, portanto, beba-o pelo menos duas vezes ao dia. Em seguida, comprima as folhas do chá contra a pele. Considere também tomar um suplemento de chá verde em cápsula.
- A aplicação direta das folhas nas lesões pode aliviar a sensação de queimação por conta dos flavonoides. A catequina, o flavonoide do chá verde, é um antioxidante que desintoxica substâncias prejudiciais como os radicais livres, que podem desencadear ou espalhar a lesão. Além disso, as propriedades anti-inflamatórias do chá podem reduzir a irritação e a coceira.[16]
- Aplique ruibarbo ralado na área. O ruibarbo contém betacarotenos que ajudam no combate da infecção e promovem a cicatrização, além de combaterem doenças autoimunes como a artrite reumatoide e o lúpus eritematoso sistêmico. Como os sintomas dessas doenças são parecidos, acredita-se que o ruibarbo pode ajudar com o granuloma.
- Aplique o ruibarbo ralado como cataplasma na lesão por 15 minutos e enxágue-o. Repita o processo duas ou três vezes por semana enquanto for necessário.[17]
- Faça uma pasta com pó de milefólio. O pó de milefólio é uma ótima droga para a purificação sanguínea, além de possuir propriedades anti-inflamatórias, antivirais e cicatrizantes.[18] A aplicação do pó como pasta às lesões deve ser útil. Misture o pó com água suficiente para formar uma pasta e aplique-a na área por 15 minutos. Enxágue com água e sabão neutro.
- Uma dose de 4,5 g de milefólio pode ser consumida diariamente, mas não existem muitos estudos clínicos que confirmem sua eficácia.[19]
- Experimente a spirulina. Por ser rica em vitaminas, aminoácidos e clorofila, a spirulina é uma ótima imunomoduladora utilizada no tratamento de problemas de pele. Por conta dessas propriedades, essa alga natural pode ajudar no controle das reações autoimunes que produzem o granuloma anular.
- A dose diária típica de spirulina varia de 2000 mg a 3000 mg, normalmente dividida em seis porções de 500 mg cada. Os efeitos podem ser vistos até mesmo em doses fracas (cerca de 800 mg).
- A spirulina pode ser consumida com água ou suco de frutas ou vegetais. Não a utilize por mais de três semanas consecutivas.[20]
- Caso nenhum resultado seja percebido após quatro semanas com os tratamentos acima, consulte um médico para verificar a necessidade de outros tratamentos.[21]
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- Reconheça as três principais formas do granuloma anular. A mais comum, o granuloma anular localizado, é caracterizada por lesões avermelhadas de até 5 cm de diâmetro isoladas ou aglomeradas, normalmente localizadas nos pés, nas pernas e nos pulsos.[22]
- O granuloma anular generalizado, que ocorre principalmente em adultos, costuma ser encontrado no tronco, nas extremidades, no pescoço, no rosto, no couro cabeludo, nas palmas das mãos e nas solas dos pés. As lesões podem ser maiores, circulares e variando em tom de amarelo para vermelho.[23]
- O granuloma anular subcutâneo ocorre principalmente em crianças de dois a dez anos, apresentando calombos profundos na pele. Os calombos individuais podem ter até 3 cm de diâmetro, sendo concentrados nos joelhos, nos calcanhares, nos pés, nas nádegas, nas mãos, no couro cabelo e nas pálpebras.[24]
- Existem duas formas raras do granuloma anular. O granuloma perfurador normalmente é encontrado nas mãos, nos dedos, nos braços e nas pernas, normalmente deixando cicatrizes. O eritema dérmico é outra forma rara de granuloma, formando lesões que lembram anéis grandes.[25]
- Conheça os riscos e os gatilhos. Alguns grupos sofrem com o granuloma com mais frequência. As mulheres, por exemplo, são afetadas duas vezes mais do que os homens, apesar de estudos ainda não terem descoberto o motivo por trás disso. As crianças e os adultos com menos de 30 anos são mais afetados do que os mais velhos. A causa dos granulomas é desconhecida, mas algumas coisas podem desencadear a condição, como o desenvolvimento de infecções, picadas de insetos, mordidas de animais, a realização de testes de pele de tuberculose, o recebimento de vacinas e a exposição ao sol.
- Diagnostique o granuloma anular. Um médico normalmente fará o diagnóstico através da observação, mas alguns casos podem requerer uma biópsia.
- Algumas evidências sugerem que a reação causadora das lesões seja baseada em uma reação de hipersensibilidade atrasada envolvendo células imunológicas especializadas.[28]
- Por conta da forma das lesões, o granuloma acaba sendo confundido com a micose, mas um médico deve ser capaz de distinguir as duas condições de inspeção visual ou de exames clínicos.[29]
- Experimente um tratamento artificial. O granuloma anular costuma desaparecer por conta própria em até dois anos, sendo o mais comum que ele dure apenas quatro meses. Alguns casos, entretanto, podem precisar de outros tratamentos, como a aplicação de esteroides (tópicos ou injetados) e o uso de medicamentos como retinoides, dapsona, antimaláricos, tacrolimo e pimecrolimo.
- Considere a hidroxiureia. Alguns casos duradouros de granuloma anular (mais de dez anos) foram curados com a exposição de 500 mg de hidroxiureia duas vezes ao dia por diversos meses. Esse agente quimioterapêutico suprime as células imunológicas e só deve ser utilizado sob a supervisão de um médico, que deve garantir que o tratamento não afete o crescimento da medula óssea.[33]
- Informe-se sobre a fototerapia. Esse tratamento relativamente novo trata os granulomas expondo as áreas afetadas da pele à uma banda estreita de luz UVB (raios de luz que possuem entre 280 e 325 nanômetros que causam queimaduras sem causar lesões profundas na pele).[34]
- Um tratamento similar é a terapia laser com diferentes cores. As cores do laser determinam a profundidade da penetração na pele, o que pode ajudar a mirar na camada específica da pele afetada pelo granuloma.[35]
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Referências
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